Estudo Sobre Software de Gestão de Bibliotecas (parte 1)

Ora viva...

Como prometido é devido cá estou eu para dar inicio ao tema (estudo de software de gestão de bibliotecas). É de realçar que dado à quantidade de informação, eu vou disponibilizá-la por partes.

Antes de mais queria deixar aqui alguns conceitos que podem ser importantes para perceber melhor sobre o tema e fazer uma breve introdução.

Acervo: É o conteúdo de uma colecção privada ou pública, podendo ser de carácter bibliográfico, artístico, fotográfico, científico, histórico, documental, misto ou qualquer outro.

Aquisição: Modalidade de obtenção de documentos por uma biblioteca, um arquivo, um serviço de documentação, etc. Permite aumentar e actualizar um fundo de uma biblioteca, de um arquivo, de um serviço de documentação, etc., em função dos seus objectivos; pode ser feita por compra, oferta ou permuta, ou depósito legal; num arquivo a aquisição de documentos ou arquivos é feita a título de compra, depósito legal, doação, incorporação, legado, reintegração ou transferência.

Catalogação: Elaboração, segundo princípios normalizados, de uma notícia bibliográfica sinalética, analítica ou descritiva de um documento, tendo em vista a criação e actualização do catálogo. Parte da biblioteconomia que trata das normas que se devem seguir na elaboração dos catálogos.

CGI: Common Gateway Interface, tecnologia que permite gerar páginas dinâmicas.

Copyleft: É uma forma de usar a legislação de protecção dos direitos dos autores com o objectivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra devido à aplicação das normas de propriedade intelectual, exigindo que as mesmas liberdades sejam preservadas em versões modificadas.

Copyright: São as denominações utilizadas em referência aos direitos dos autores de suas obras intelectuais que podem ser literárias, artísticas ou científicas.

Daemons: Programa de computador que funciona em segundo plano, e não sob o controlo directo do utilizador.

Fascículos: É publicação editada em cadernos, em ordem numérica, normalmente encontrada em bancas de jornal, com lançamento geralmente semanal ou quinzenal. Depois de um determinado período completa-se a colecção de volumes que fazem parte de uma obra completa podendo-se depois encaderná-los.

Kardex: Catálogo onde se registam e classificam os periódicos: jornais, revistas.

Z39.50: Consiste num protocolo de comunicação cliente servidor de padrão internacional que permite  pesquisa e recuperação de informação em redes computadores distribuídos. E corresponde à norma ISO23950:1998.

MARC 21: É um termo para qualificar cada parte de um registo no catálogo de forma que possa ser utilizada pelo computador.

MARC: Acrónimo para machine readable cataloging (catalogação legível por máquina), método de organizar dados (formato), de modo que um registo bibliográfico e os dados neles contidos possam ser identificados pelo computador. Foi criado essencialmente para possibilitar o intercâmbio de todas as formas de dados bibliográficos.

OPAC: Acrónimo de online public access catalog, catálogo de acesso público em linha. Consiste num base de dados online com os materiais de bibliotecas ou grupos de bibliotecas, permite encontrar livros e outros materiais que são localizados fisicamente numa biblioteca.

Software Comercial: É o software desenvolvido por uma empresa com o objectivo de lucrar com sua utilização. Comercial não é o mesmo que proprietário, existe software livre que é comercial e, também, o software não-livre não-comercial.

Software Proprietário: É aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são limitadas pelo seu proprietário.

UNIMARC: Acrónimo de universal machine readable cataloging, implementação específica da norma IS0 2709/1981 que estabelece o formato internacional de registos de

dados bibliográficos em formato legível por máquina, entre as agências bibliográficas nacionais universal MARC.

 Breve Introdução

Com a crescente mudança tecnológica os bibliotecários são constantemente confrontados com número considerável de SIGB, mas nem sempre esses softwares possuem os requisitos necessários para gestão das bibliotecas, dai a necessidade do conhecimento geral dos processos internos e externos da biblioteca para uma boa gestão e implementação desses tipos de softwares. Para que possam alinhar a sua infra-estrutura de TI e os seus processos internos e externos existe um conjunto de software para gestão integrada de bibliotecas, que permite aos bibliotecários mapear e organizar os seus processos facilitando assim na integração funcional, maior agilidade nas actividades que envolvem máquinas, pessoas, tarefas e aplicações para servir melhor aos seus utilizadores. Os SIGB (software comercial, proprietário, software open source e freeware) têm que possibilitar a automatização dos processos de trabalho de uma biblioteca e, normalmente estes sistemas estruturam-se em grandes módulos (módulo de gestão de periódicos, módulo de catalogação, módulo de consulta, pré-catalogação, módulo de aquisição e encomenda, módulo de empréstimos e circulação) para a gestão de áreas funcionais e não funcionais específicas, permitindo assim a interoperabilidade entre os diversos componentes e serviços externos, através de normas e protocolos específicos.

Os sistemas de informação a tecnologia e as bibliotecas são hoje em dia indissociáveis, pois permitem aos profissionais com responsabilidades pela flexibilidade, agilidade e perspicácia das bibliotecas uma vantagem competitiva que de outra forma seria quase impossível conseguir. Por outro lado possuir dados guardados, ter informações disponíveis, e a partir dessas informações e dados conseguir gerar conhecimentos para as bibliotecas representa grandes vantagens. Os sistemas de informação encontraram nas tecnologias de informação e comunicação, a possibilidade de potenciar o seu rendimento e gerar valor para as grandes bibliotecas, daí referir que os sistemas de informação a tecnologia e as bibliotecas são indissociáveis. As bibliotecas públicas e não só precisam desempenhar o seu papel tendo sempre como objectivo principal, o estabelecimento de estratégias que permitam alcançar os melhores resultados possíveis em sua prestação de serviços, por meio de inovação e adopção de tecnologias referência na área de gestão de biblioteca e, uma boa opção seria o uso de software livre. Pois com o surgimento das novas tecnologias da informação agregadas ao sistema open source algumas alternativas desses sistemas têm sido distribuídas na internet.